Eita, gente bonita! Feliz quarta-feira pra vocês!
UM LUGAR CHAMADO MANDEMBO
Hoje, vou mostrar um pouquinho do Mandembo, um bairro rural de Carmo do Rio Claro. Sobre o significado do nome, uns dizem que Mandembo é "certa abelha silvestre de Minas Gerais" (http://www.dicio.com.br/mandembo/); outros, que é "lugar bom para se esconder". Sinceramente, não sei. Só sei que me deu vontade de mostrar esse bairro tão cheio de histórias, talvez para mostrar as necessidades aparentes do local ou talvez para que o Mandembo não fique esquecido ou tão-somente para matar a saudade dos que estão distantes...ou quem sabe tudo isso.
Mini-paiol
Vista panorâmica do Mandembo
A pracinha em frente a igrejinha de São José
Visão da rua principal com o prédio da antiga escola depois da casa de barrado azul, à direita.
Visão da rua principal, a partir da pracinha.
Casa do Dinho e da Dinha, pais da minha sogra "Ana"
O Centro do Mandembo com a casa do Paulo Vico, à direita.
Família Marques - Ana, Rita Helena, Berenice, Neide, Sueli, Beatriz e a pequena Sofia.
O engenheiro Luciano Marques posa em frente o cômodo comercial que abrigou a venda do seu pai, Tião Vico. Na parede estão as iniciais do seu nome (SLM).
Rua principal Zequinha Fernandes.
Travessa do meio.
Atrás do trator com o guincho de água, está a casa onde a avó de José Milton Paiva morou nos últimos anos de vida.
Casa do Zezinho Pedro
"Manhã de domingo, com céu claro. A brisa ameniza o calor no Mandembo.
Aproveito para fotografar as casas do arraial
prestes a ter as duas ruas e três travessas asfaltadas.
Passo em frente a casa de Zezinho Pedro.
Aos 97 anos, é o morador mais antigo daquele
bairro, “escondido” nos altos da serra, há 20 e tantos quilômetros da cidade.
As origens do povoado são obscuras. A tia Ana
Justina diz que leu em algum lugar o significado da palavra Mandembo: “lugar
bom para se esconder”. Vá lá, algum antigo quilombo? Algo para se pesquisar.
Dos antigos moradores, sobrou apenas o Zezinho
Pedro.
Mas, nessa manhã ensolarada de domingo, deixemos
a história de lado.
Zezinho está se barbeando no quintal. Sentado
numa cadeira, com uma mão segura o espelho todo manchado e com a outra, o
barbeador – modelo antigo que encaixa a lâmina.
Está sob a sombra de bananeiras baixas, ao lado
de um tanque-pia com torneira.
Puxo conversa e pergunto se posso 'tirar
retrato'
Resmunga algo como 'prá que isso'.
Começo a fotografá-lo, enquanto conversamos".
(José Milton Paiva)
(José Milton Paiva)
Zezinho Pedro, morador mais antigo do Mandembo.
"Continuo fotografando Zezinho.
De repetente, muda a conversa:
- Você sabe cortar cabelo?
- Não sei.
E mais não se falou. Despeço-me e ouço:
- Ainda é cedo!"
* Fotos cortesia: José Milton Paiva e Moacyr Marcos Cézar Costa